A linguagem é típica dos seres humanos e tem uma função importantíssima nas relações profissionais, intra e interpessoais.
Quando falamos em linguagem verbal podemos dividir em oral e escrita, cada qual com diferenças e características muito vincadas e que podem tornar a nossa comunicação mais clara, empática, eficaz ou violenta e repleta de ambiguidades ou conflitos.
A linguagem oral é direta, espontânea, guiada pelo diálogo com recursos externos: gestos, expressões faciais, prosódia e voz, posturas que facilitam a transmissão das ideias e emoções. Permite que seja modificada se não bem interpretada, isto é, apresenta constante inovação e implica um maior envolvimento com os falantes.
Já a linguagem escrita é de contato indireto, necessita de atenção às normas gramaticais, clareza no diálogo, sendo mais objetiva, precisa, conservadora e formal, pois não escrevemos como falamos. Nota-se ainda uma maior distância e uma menor interferência do interlocutor, maior previsibilidade, possibilidade de respostas, maior tempo para elaboração, permitindo eliminar ambiguidades e juízos de valor (se bem realizada). A audiência pode ser normalmente, ausente e desconhecida, segundo autores como Koch e, Andrade e Aquino.
Assim, ambas assumem características próprias e distintas, como a distância com o interlocutor e devem ser efetivas e ajustadas continuamente com o texto, intenção e temática, como afirma o autor Chafe.
Concluindo podemos afirmar que:
. A fala é: contextual, situacional, implícita, não planejada, espontânea, redundante, próxima, simultânea ou quase, pública, permite reformulação, implica em feedback imediato, redireciona o texto em formação ao ouvinte, proporciona maior repetição e turnos mais frequentes.
. A escrita é: não fragmentada, completa, elaborada, formal, mais densa, distante, privada, elaborada, desencadeia possíveis reações, segue uma ordem lógico-semântica, é mais específica e possui maior seletividade lexical.
Já tinha pensado nessas questões quando fala ou escreve?
